28 de abril de 2008
A vida tem novas chances
Por falta de inspiração..deixo esse trecho como expressão da minha emoção.
“A vida não tem ensaio
mas tem novas chances
Viva a burilação eterna, a possibilidade
o esmeril dos dissabores!
Abaixo o estéril arrependimento
a duração inútil dos rancores
Um brinde ao que está sempre nas nossas mãos:
a vida inédita pela frente
e a virgindade dos dias que virão!”
(Elisa Lucinda)
“A vida não tem ensaio
mas tem novas chances
Viva a burilação eterna, a possibilidade
o esmeril dos dissabores!
Abaixo o estéril arrependimento
a duração inútil dos rancores
Um brinde ao que está sempre nas nossas mãos:
a vida inédita pela frente
e a virgindade dos dias que virão!”
(Elisa Lucinda)
22 de abril de 2008
Uma paz e nada mais
Ausência de palavras
silêncio delas
somente elas.
Deito no teu colo
e um mundo acontece.
Uma paz e nada mais.
Não precisa de mais.
"Cada um pode com a força que tem na leveza e na doçura de ser feliz" (Vanessa da Mata)
silêncio delas
somente elas.
Deito no teu colo
e um mundo acontece.
Uma paz e nada mais.
Não precisa de mais.
"Cada um pode com a força que tem na leveza e na doçura de ser feliz" (Vanessa da Mata)
16 de abril de 2008
Gôsto
Gosto
do gôsto
de tira-gôsto.
Não do gôsto
de quem tira gôsto.
Gôsto eu gosto.
Gosto de gôsto.
Gosto de gostar.
Gôsto de gostar.
Gostar eu gosto.
Gostar de gôsto.
do gôsto
de tira-gôsto.
Não do gôsto
de quem tira gôsto.
Gôsto eu gosto.
Gosto de gôsto.
Gosto de gostar.
Gôsto de gostar.
Gostar eu gosto.
Gostar de gôsto.
2 de abril de 2008
Menina da chuva
Engarrafamento. Carros lentos na rua. O ônibus passa devagar. Chuva forte. Vidros embaçados. Apesar disso, dá pra ver o que se passa do lado de fora. Aliás, o lado de fora do ônibus, como na maioria das vezes, estava mais interessante do que dentro dele. De dentro, rostos apáticos da rotina diária, de uma conformidade da realidade que se apresenta.
A chuva caía insistentemente sem parar. O barulho gostoso dela batendo no chão. Clima frio. Céu nublado. A vontade era de ficar na cama e ver um bom filme a dois debaixo do cobertor. Mas a realidade da vida me puxa e dá um tapa na cara. Acorda!
No entanto, algo chama atenção lá fora. Era uma moça. Devia ter seus 16 anos, mas a aparência de uma menina. Corria da chuva nas calçadas para não se molhar mais. Mas por que não parou em algum lugar coberto? Devia estar próxima, creio eu, do lugar onde queria chegar.
Corria no mesmo percurso do ônibus. E do lado de dentro eu a acompanhava. Correu tanto até que desistiu pela falta de fôlego e ao ver que a chuva não cessava. Desistiu de lutar contra a chuva e se entregou a ela. Passou a andar lentamentemente como se nada estivesse ocontecendo, ou como um dia qualquer. Devia ser, para ela.
Tinha cabelo castanho claro, ondulado, dividido ao meio e comprido, quase na altura da cintura. Vestia um vestido floral e sandálias de couro. Parecia uma camponesa. E carregava cadernos nos braços. Estava toda encharcada da chuva. E os cabelos pingavam, grudados no rosto e no corpo.
Andava na forma de uma pessoa que não tem pressa da vida. Um andar leve, escorregadio. A chuva deslizava com ela pela calçada, como se ela fizesse parte da chuva. Como se a chuva fosse sua companheira. Era a menina da chuva.
Aquela tranquilidade e paz ao se entregar a chuva, a não se abalar pelo fato de estar toda molhada, sem receio ou preocupação de pegar um resfriado, adoecer ou de ter que se enxugar e mudar de roupa, me incomodou.
Na verdade, ela não podia mudar aquilo e aceitou a situação. Atitude essa que, nem todos aceitam uma situação inesperada, e lutam contra a natureza das coisas, impondo o que se quer ou necessita, por vários motivos. Porque não quer se deixar molhar, por medo de adoecer, porque tem compromisso de trabalho, estudos ou qualquer outro motivo.
Não sei se as outras pessoas no ônibus ou na rua a enxergaram como eu. Ou se a enxergaram. Provavelmente, ela passou desperebida. Se alguém a notou também, duvido que tenha sentido inveja dela.
O fato é que, ela se permitiu a isso. E isso não a icomodava. Pelo contrário, no rosto, a expressão era de leveza, sem preocupações. E não devia ter mesmo, pela flor da idade. Ou talvez não permitiu que as mesmas a tomassem conta. Preocupações que nos sugam, tiram nossa força e nos cegam de ver a beleza dos pequenos gestos como esse.
Me incomodou não porque achei errado, mas porque eu tive inveja de sentir aquilo. Uma saudade de me deixar encharcar pela chuva, e a sensação gostosa que ela provoca batendo no rosto. Do cheiro que fica na terra. De me divertir, rindo sozinha de mim mesma. E de me deixar levar por ela sem medos e preocupações.
Para a menina da chuva, aquele, era um dia qualquer. Para mim, não.
A chuva caía insistentemente sem parar. O barulho gostoso dela batendo no chão. Clima frio. Céu nublado. A vontade era de ficar na cama e ver um bom filme a dois debaixo do cobertor. Mas a realidade da vida me puxa e dá um tapa na cara. Acorda!
No entanto, algo chama atenção lá fora. Era uma moça. Devia ter seus 16 anos, mas a aparência de uma menina. Corria da chuva nas calçadas para não se molhar mais. Mas por que não parou em algum lugar coberto? Devia estar próxima, creio eu, do lugar onde queria chegar.
Corria no mesmo percurso do ônibus. E do lado de dentro eu a acompanhava. Correu tanto até que desistiu pela falta de fôlego e ao ver que a chuva não cessava. Desistiu de lutar contra a chuva e se entregou a ela. Passou a andar lentamentemente como se nada estivesse ocontecendo, ou como um dia qualquer. Devia ser, para ela.
Tinha cabelo castanho claro, ondulado, dividido ao meio e comprido, quase na altura da cintura. Vestia um vestido floral e sandálias de couro. Parecia uma camponesa. E carregava cadernos nos braços. Estava toda encharcada da chuva. E os cabelos pingavam, grudados no rosto e no corpo.
Andava na forma de uma pessoa que não tem pressa da vida. Um andar leve, escorregadio. A chuva deslizava com ela pela calçada, como se ela fizesse parte da chuva. Como se a chuva fosse sua companheira. Era a menina da chuva.
Aquela tranquilidade e paz ao se entregar a chuva, a não se abalar pelo fato de estar toda molhada, sem receio ou preocupação de pegar um resfriado, adoecer ou de ter que se enxugar e mudar de roupa, me incomodou.
Na verdade, ela não podia mudar aquilo e aceitou a situação. Atitude essa que, nem todos aceitam uma situação inesperada, e lutam contra a natureza das coisas, impondo o que se quer ou necessita, por vários motivos. Porque não quer se deixar molhar, por medo de adoecer, porque tem compromisso de trabalho, estudos ou qualquer outro motivo.
Não sei se as outras pessoas no ônibus ou na rua a enxergaram como eu. Ou se a enxergaram. Provavelmente, ela passou desperebida. Se alguém a notou também, duvido que tenha sentido inveja dela.
O fato é que, ela se permitiu a isso. E isso não a icomodava. Pelo contrário, no rosto, a expressão era de leveza, sem preocupações. E não devia ter mesmo, pela flor da idade. Ou talvez não permitiu que as mesmas a tomassem conta. Preocupações que nos sugam, tiram nossa força e nos cegam de ver a beleza dos pequenos gestos como esse.
Me incomodou não porque achei errado, mas porque eu tive inveja de sentir aquilo. Uma saudade de me deixar encharcar pela chuva, e a sensação gostosa que ela provoca batendo no rosto. Do cheiro que fica na terra. De me divertir, rindo sozinha de mim mesma. E de me deixar levar por ela sem medos e preocupações.
Para a menina da chuva, aquele, era um dia qualquer. Para mim, não.
Uma flor
Avalanche de palavras
Não gosto da idéia de diário. Não que eu tenha algo contra. Não, não é isso. É que não quero ter que escrever diariamente. Mas, se porventura, acontecer, que não seja como um diário, porque essa não é a intenção.
Prefiro deixar as idéias fluírem, as sensações aparecerem, os fatos ocorrerem, sem ter que necessariamente ter que escrever. Quero escrever quando uma vontade súbita surgir. Que eu deixe as palavras emergirem naturalmente.
Passo dias sem escrever. Branco total. Mas tem dias, como hoje, em que me inunda uma avalanche de palavras, como uma chuva torrencial que sai devastando tudo pela frente. Penso não conseguir dar conta e acho que vou me afogar. Uma imensidão de nomes, pronomes, verbos, artigos, substantivos e adjetivos.
São tantas e diversas que elas se embaralham, se fundem, confundem. E fico sem conseguir separá-las, dividí-las, relacioná-las, rimá-las. Mas pra quê dividir? Se é na mistura que elas ficam mais interessantes, instigantes, intrigantes. Para melhor compreender; o leitor. Ou para me entender melhor.
É tão intenso que perco a atenção do que estou fazendo na hora e páro no ar. Preciso anotar rápido tópicos, trechos ou palavras-chave para não perdê-las. Seja na rua, no ônibus, ou até dormindo dá aquele estalo. Se não anoto, elas escapam, escorregam, escoem, fogem. E viram palavras ao vento, ficando a relento.
Prefiro deixar as idéias fluírem, as sensações aparecerem, os fatos ocorrerem, sem ter que necessariamente ter que escrever. Quero escrever quando uma vontade súbita surgir. Que eu deixe as palavras emergirem naturalmente.
Passo dias sem escrever. Branco total. Mas tem dias, como hoje, em que me inunda uma avalanche de palavras, como uma chuva torrencial que sai devastando tudo pela frente. Penso não conseguir dar conta e acho que vou me afogar. Uma imensidão de nomes, pronomes, verbos, artigos, substantivos e adjetivos.
São tantas e diversas que elas se embaralham, se fundem, confundem. E fico sem conseguir separá-las, dividí-las, relacioná-las, rimá-las. Mas pra quê dividir? Se é na mistura que elas ficam mais interessantes, instigantes, intrigantes. Para melhor compreender; o leitor. Ou para me entender melhor.
É tão intenso que perco a atenção do que estou fazendo na hora e páro no ar. Preciso anotar rápido tópicos, trechos ou palavras-chave para não perdê-las. Seja na rua, no ônibus, ou até dormindo dá aquele estalo. Se não anoto, elas escapam, escorregam, escoem, fogem. E viram palavras ao vento, ficando a relento.
1 de abril de 2008
Viagem a Natal
Viagem a Natal
Chegamos em Natal na madrugada de uma quinta-feira, 13 de março de 2008, para fazer uma prova de concurso e a passeio. Conhecida como "A terra do sol", no entanto, quando saímos do aeroporto, nos deparamos com uma chuva torrencial. Minha expressão facial ao ver aquilo era de surpresa, pois não era época de chuva e estávamos chegando, acreditava eu, em pleno verão. "São as águas de março fechando o verão..".
Alugamos um carro para facilitar nosso deslocamento na cidade e realmente foi uma decisão acertada. O valor da diária custa mais barato que Salvador, fora que um carro seria útil para chegarmos aos locais de prova, para passearmos na cidade e no litoral. Pegamos um mapa na locadora e lá fomos nós: Eu, Mozão, Cheninha e Alanna (minha cunha fofa).
A cidade
Acabei sendo a co-pilota, guiando a turma pela cidade. Como eu estava com o mapa na mão, e acabei entendendo tudo rapidinho, estava me "sentindo" e acabei comandando tudo, pra protesto da turma. Procuramos primeiro a pousada que íamos ficar e que já estava reservada, depois os locais de prova de cada um. Nem demorou muito porque a cidade é pequena. Consegue-se ir de uma ponta a outra em vinte minutos.
Pra nossa sorte e surpresa de novo, a cidade é fácil de se localizar. Além disso, é bem sinalizada e dividida, separada por avenidas, em formato de quadras. As ruas são limpas. Não vi lixo jogado no chão. Os shoppings e lojas igual das grandes capitais. Vi lojas de dar inveja àquelas que a gente vê na Pituba e no Caminho das Árvores aqui.
Pobreza? Vi pouco. Não que não tenha. Mas não vi favelas, pelo fato de quase não existirem lá. Mas vi meninos malabarizando nos semáforos e prostituição na orla mais movimentada da cidade, a praia de Ponta Negra, igual ao Porto da Barra aqui.
Só tem uma coisa, na cidade e no litoral, é prática dos garçons cobrarem os dez porcento da conta. Teve um de uma barraca de praia que nos cobrou o valor total, assim, "na lata". Achei isso grosseiro. Tão estranho pra quem não está acostumado, pois aqui em Salvador é opção e lá é considerado obrigatório. Se você não paga o valor total, eles te cobram mesmo.
Litoral Norte
Na ida ao litoral norte, atravessamos uma ponte construída recentemente na cidade. A vista é linda. Dá pra ver a praia e a cidade de cima.
Em um dia, alugamos um buggy, e fomos às praias de Genipabu, Pitangui e Jacumã.
Genipabu é conhecida pelas dunas. E realmente, são belíssimas. A vista é maravilhosamente linda. Quando as percorremos, nosso guia perguntou: _ Vocês querem com ou sem emoção?
O que vocês acham? Com emoção clarooo! O guia virava o buggy de uma forma, e ficava tão íngreme, que parecia que ia virar, pra desespero e gritaria da gente. Fausto e o guia se acabavam de tanto rir da nossa cara. Até gravamos alguns videos disso. Muito hilário!
Vimos dromedários e filas de gente de excursão para montar neles. Desistimos porque gastaríamos mais, além de que só de sentir o sol lascando na cabeça e ver aqueles bichos andando a passo de tartaruga, dava agonia só de imaginar ter que passar por aquilo. Também senti dó ao ver os coitados sendo puxados a força pelos guias deles. As pessoas ao montarem, tinham que vestir roupas típicas dos árabes e aqueles panos na cabeça denominado de "kandura".
Passeamos pela beira do mar e a brisa que batia no rosto era gostosa. Depois conhecemos a Lagoa de Pitangui. Uma delícia o banho! As barracas na beira do rio me lembraram as de Imbassaí aqui na linha verde da Bahia.
Última praia do dia. Jacumã. Conhecida pelo skybunda e aerobunda. O aerobrunda é uma tirolesa, mas não estava funcionando porque estava interditado por motivos de estarem agredindo a vegetação local e das dunas naturais.
O skybunda funcionava normalmente e estava cheio de turistas no local. A fila era grande pra ir no skybunda. Paga-se o valor de cinco reias, pra vc descer uma duna numa espécie de skate em que você senta e escorrega numa velocidade alta e cai numa lagoa. No início dá um pouquinho de medo. Ao ver a altura, bate aquele frio na barriga. Mas aí pensei: _ Já estou aqui e não volto atrás. Vamos nessa!
Sobre os turistas, a cidade estava infestada de paulistas, cariocas e sulistas. Fora os gringos que vinham a turismo sexual. E ohe que estávamos em pleno mês de março.
Terminamos o passeio e fomos almoçar já era mais de três horas da tarde no Naf Naf, um restaurante localizado em Jacumã. Muito boa a comida por sinal. Aconchegante, e a vista da praia era linda. Tinha umas redes pra descansar e a decoração é uma mistura de rústica com moderna. Porém, a comida não se compara com a do Mangai. Neste último, é bem mais gostosa e faz jus a fama.
Litoral Sul
No litoral sul, percorremos em um dia também, pois só tínhamos um final de semana. Fomos às praias de Ponta Negra, Cotovelo, Pirangi e Búzios.
Ponta Negra é uma praia urbana, onde se vê constantemente os gringos mas também outros turistas com famílias. Cheia de bares e restaurantes. Uma praia pra se ir a noite jantar e tomar uma cervejinha. Tem muitas lojas de artesanato e lembranças da cidade. Mas o Centro de Artesanato localizado no centro da cidade encontra-se lembranças, camisetas, bolsas e redes mais baratos. Vê-se também na costa, muitos hippies vendendo colares, artesanato, cerâmica e quadros belíssimos.
Passamos pela praia do Cotovelo mas não paramos pra nos banharmos. Tem lojas de artesanatos e restaurantes também. Pirangi é dividida em: Pirangi do Norte e Pirangi do Sul.
Em Pirangi do Norte, encontra-se localizado o maior cajueiro do mundo, como é chamado. Realmente, o cajueiro possui um tronco bem largo e suas ramificações não param de crescer. Ao lado do cajueiro, encontra-se várias lojas vendendo artesanatos e frutas da região. Aliás, vê-se sempre estas lojinhas. O comércio local se aproveita bastante do turismo na cidade.
Em Pirangi do Sul, o litoral é lindíssimo. Passamos por umas falésias e o mar é tão azul que nunca vi coisa igual. Paramos numa barraca de praia em búzios. A praia também é linda. E o mar, uma delícia. A água quentinha, com um porém, salgadíssima.
Comemos um camarão delicioso e grande. Me impressionei com o tamanho do camarão. Encontramos um vendedor de cocada com uma variedade delas que nunca vi. Até de cachaça tinha. E era gostosa viu! Acabamos levando de todos os sabores hahahaha! Citei no início do texto sobre uma prática dos garçons cobrarem os dez porcento da conta. Pois é, foi o garçom desta barraca que nos cobrou e fez cara feia porque não pagamos o valor total por desaforo mesmo, pela grosseria que ele fez e não por falta de dinheiro.
Por fim, fomos conhecer a Lagoa do Carcará. Enfrentamos uma estrada barrenta e cheia de pedra até chegar lá. Muito ruim. Mas valeu a pena. A lagoa fica escondida e é a coisa mais linda que já vi na vida. Tem areia branquinha tipo a Lagoa do Abaeté aqui e é rodeada por uma vegetação bem verde. A água é transparente, de forma que dá pra ver até o pé. A brisa do fim da tarde é tão gostosa e tão calma, apesar de estar cheia de turistas. Mas porque é grande, pois uma barraca não incomoda a outra ao lado.
Tem canoagem e pedalinhos na beira pra alugar. A água também é quente. Dá vontade de não sair mais. E o peixe frito? hummm! De tudo, a lagoa pra mim, foi o que mais bateu no peito de ter conhecido. Só isso já valeu a viagem.
Provas
As provas do concurso foram cansativas, pois tinha me inscrito pra duas no mesmo dia, da manhã de Técnico e da tarde de Analista do TRF. Não estavam difíceis, mas foi chato ter caído muito código. Decoreba total. Me arrependi de não ter estudado mais. O motivo, conto logo mais abaixo.
A noite, fomos relaxar num restaurantezinho onde a especialidade eram batatas. Por sinal, muito bom também, mas me foge da memória neste momento o nome do lugar. A decoração tem estilo esotérico com muitas plantas, mensageiros do vento, fadas e gnomos. No caixa, ficava uma mulher com cara de dona do espaço. Tive a impressão até que ela deve ser ou ter estudado astrologia ou wicca, pelas características do local. Muito aconchegante, com luz baixa e clima tranquilo. A clientela era jovem. Vimos casais e turmas de amigos.
Balanço da viagem
Tínhamos pressa em conhecer o máximo que podíamos. Isso foi cansativo, pois é impossível conhecer tudo de uma vez. Além do mais, ficávamos cansados pra sair a noite, pois estávamos o dia todo fora nas praias. Na pousada, apesar do cochilo pra descansar, mesmo assim continuávamos cansados. Admito que houve um dia que não aguentei e desabei na cama. Aliás, todos. Ninguém aguentou. Mas em outro, saímos um pouco forçados, pois o cansaço era tanto que ultrapassava a vontade de conhecer. Praia cansa né galera!
Só senti não ter dado tempo de conhecer o restaurante Tábua da Carne que soube ser muito bom também. Dica de uma colega da pós-graduação que é de Natal. Sinto não tê-la conhecido pessoalmente também, pois só a conheço do ambiente virtual da Universidade Católica de Brasília.
Juro que fiquei procurando defeito na cidade e só encontrei um até agora, que me incomodou realmente. O aeroporto. Achei pequeno pela quantidade de turistas que recebe e pelo fato da alta estação de verão lá ser mais longa que a daqui.
Amei a viagem! E amei Natal! Amo minha terra também, mas passei a amar Natal, pela beleza das praias, pela calma e pacata cidade, pela higiene e por comidas deliciosas. Acho que só enjoaria do forró lambada que toca o tempo todo.
Sinceramente, a vontade era de ficar e não mais voltar. Pretendo ainda retornar. Indico: vale muitíssimo a pena conhecer, sem sombra de dúvida.
A cidade
Acabei sendo a co-pilota, guiando a turma pela cidade. Como eu estava com o mapa na mão, e acabei entendendo tudo rapidinho, estava me "sentindo" e acabei comandando tudo, pra protesto da turma. Procuramos primeiro a pousada que íamos ficar e que já estava reservada, depois os locais de prova de cada um. Nem demorou muito porque a cidade é pequena. Consegue-se ir de uma ponta a outra em vinte minutos.
Pra nossa sorte e surpresa de novo, a cidade é fácil de se localizar. Além disso, é bem sinalizada e dividida, separada por avenidas, em formato de quadras. As ruas são limpas. Não vi lixo jogado no chão. Os shoppings e lojas igual das grandes capitais. Vi lojas de dar inveja àquelas que a gente vê na Pituba e no Caminho das Árvores aqui.
Pobreza? Vi pouco. Não que não tenha. Mas não vi favelas, pelo fato de quase não existirem lá. Mas vi meninos malabarizando nos semáforos e prostituição na orla mais movimentada da cidade, a praia de Ponta Negra, igual ao Porto da Barra aqui.
O povo é educado, bem receptivo, alegre e divertido de ouvir o sotaque potiguá. Possui restaurantes bons. O Mangai, um restaurante típico nordestino, considerado o melhor da cidade, tem uma variação de pratos pra mais de cinquenta tipos. A mesa em que os clientes se servem é tão grande, em formato de um U. Isso fora o leque de sobremesas e doces. Os garçons e garçonetes se vestem como Lampião e Maria Bonita, e a decoração do espaço tem várias estátuas no tamanho e formato de gente, retratando a vida típica do um sertanejo. Bem interessante de se ver. Saímos de lá quase passando mal de tanto comer.
Só tem uma coisa, na cidade e no litoral, é prática dos garçons cobrarem os dez porcento da conta. Teve um de uma barraca de praia que nos cobrou o valor total, assim, "na lata". Achei isso grosseiro. Tão estranho pra quem não está acostumado, pois aqui em Salvador é opção e lá é considerado obrigatório. Se você não paga o valor total, eles te cobram mesmo.
Litoral Norte
Na ida ao litoral norte, atravessamos uma ponte construída recentemente na cidade. A vista é linda. Dá pra ver a praia e a cidade de cima.
Em um dia, alugamos um buggy, e fomos às praias de Genipabu, Pitangui e Jacumã.
Genipabu é conhecida pelas dunas. E realmente, são belíssimas. A vista é maravilhosamente linda. Quando as percorremos, nosso guia perguntou: _ Vocês querem com ou sem emoção?
O que vocês acham? Com emoção clarooo! O guia virava o buggy de uma forma, e ficava tão íngreme, que parecia que ia virar, pra desespero e gritaria da gente. Fausto e o guia se acabavam de tanto rir da nossa cara. Até gravamos alguns videos disso. Muito hilário!
Vimos dromedários e filas de gente de excursão para montar neles. Desistimos porque gastaríamos mais, além de que só de sentir o sol lascando na cabeça e ver aqueles bichos andando a passo de tartaruga, dava agonia só de imaginar ter que passar por aquilo. Também senti dó ao ver os coitados sendo puxados a força pelos guias deles. As pessoas ao montarem, tinham que vestir roupas típicas dos árabes e aqueles panos na cabeça denominado de "kandura".
Passeamos pela beira do mar e a brisa que batia no rosto era gostosa. Depois conhecemos a Lagoa de Pitangui. Uma delícia o banho! As barracas na beira do rio me lembraram as de Imbassaí aqui na linha verde da Bahia.
Última praia do dia. Jacumã. Conhecida pelo skybunda e aerobunda. O aerobrunda é uma tirolesa, mas não estava funcionando porque estava interditado por motivos de estarem agredindo a vegetação local e das dunas naturais.
O skybunda funcionava normalmente e estava cheio de turistas no local. A fila era grande pra ir no skybunda. Paga-se o valor de cinco reias, pra vc descer uma duna numa espécie de skate em que você senta e escorrega numa velocidade alta e cai numa lagoa. No início dá um pouquinho de medo. Ao ver a altura, bate aquele frio na barriga. Mas aí pensei: _ Já estou aqui e não volto atrás. Vamos nessa!
Sobre os turistas, a cidade estava infestada de paulistas, cariocas e sulistas. Fora os gringos que vinham a turismo sexual. E ohe que estávamos em pleno mês de março.
Terminamos o passeio e fomos almoçar já era mais de três horas da tarde no Naf Naf, um restaurante localizado em Jacumã. Muito boa a comida por sinal. Aconchegante, e a vista da praia era linda. Tinha umas redes pra descansar e a decoração é uma mistura de rústica com moderna. Porém, a comida não se compara com a do Mangai. Neste último, é bem mais gostosa e faz jus a fama.
Litoral Sul
No litoral sul, percorremos em um dia também, pois só tínhamos um final de semana. Fomos às praias de Ponta Negra, Cotovelo, Pirangi e Búzios.
Ponta Negra é uma praia urbana, onde se vê constantemente os gringos mas também outros turistas com famílias. Cheia de bares e restaurantes. Uma praia pra se ir a noite jantar e tomar uma cervejinha. Tem muitas lojas de artesanato e lembranças da cidade. Mas o Centro de Artesanato localizado no centro da cidade encontra-se lembranças, camisetas, bolsas e redes mais baratos. Vê-se também na costa, muitos hippies vendendo colares, artesanato, cerâmica e quadros belíssimos.
Passamos pela praia do Cotovelo mas não paramos pra nos banharmos. Tem lojas de artesanatos e restaurantes também. Pirangi é dividida em: Pirangi do Norte e Pirangi do Sul.
Em Pirangi do Norte, encontra-se localizado o maior cajueiro do mundo, como é chamado. Realmente, o cajueiro possui um tronco bem largo e suas ramificações não param de crescer. Ao lado do cajueiro, encontra-se várias lojas vendendo artesanatos e frutas da região. Aliás, vê-se sempre estas lojinhas. O comércio local se aproveita bastante do turismo na cidade.
Em Pirangi do Sul, o litoral é lindíssimo. Passamos por umas falésias e o mar é tão azul que nunca vi coisa igual. Paramos numa barraca de praia em búzios. A praia também é linda. E o mar, uma delícia. A água quentinha, com um porém, salgadíssima.
Comemos um camarão delicioso e grande. Me impressionei com o tamanho do camarão. Encontramos um vendedor de cocada com uma variedade delas que nunca vi. Até de cachaça tinha. E era gostosa viu! Acabamos levando de todos os sabores hahahaha! Citei no início do texto sobre uma prática dos garçons cobrarem os dez porcento da conta. Pois é, foi o garçom desta barraca que nos cobrou e fez cara feia porque não pagamos o valor total por desaforo mesmo, pela grosseria que ele fez e não por falta de dinheiro.
Por fim, fomos conhecer a Lagoa do Carcará. Enfrentamos uma estrada barrenta e cheia de pedra até chegar lá. Muito ruim. Mas valeu a pena. A lagoa fica escondida e é a coisa mais linda que já vi na vida. Tem areia branquinha tipo a Lagoa do Abaeté aqui e é rodeada por uma vegetação bem verde. A água é transparente, de forma que dá pra ver até o pé. A brisa do fim da tarde é tão gostosa e tão calma, apesar de estar cheia de turistas. Mas porque é grande, pois uma barraca não incomoda a outra ao lado.
Tem canoagem e pedalinhos na beira pra alugar. A água também é quente. Dá vontade de não sair mais. E o peixe frito? hummm! De tudo, a lagoa pra mim, foi o que mais bateu no peito de ter conhecido. Só isso já valeu a viagem.
Provas
As provas do concurso foram cansativas, pois tinha me inscrito pra duas no mesmo dia, da manhã de Técnico e da tarde de Analista do TRF. Não estavam difíceis, mas foi chato ter caído muito código. Decoreba total. Me arrependi de não ter estudado mais. O motivo, conto logo mais abaixo.
A noite, fomos relaxar num restaurantezinho onde a especialidade eram batatas. Por sinal, muito bom também, mas me foge da memória neste momento o nome do lugar. A decoração tem estilo esotérico com muitas plantas, mensageiros do vento, fadas e gnomos. No caixa, ficava uma mulher com cara de dona do espaço. Tive a impressão até que ela deve ser ou ter estudado astrologia ou wicca, pelas características do local. Muito aconchegante, com luz baixa e clima tranquilo. A clientela era jovem. Vimos casais e turmas de amigos.
Balanço da viagem
Tínhamos pressa em conhecer o máximo que podíamos. Isso foi cansativo, pois é impossível conhecer tudo de uma vez. Além do mais, ficávamos cansados pra sair a noite, pois estávamos o dia todo fora nas praias. Na pousada, apesar do cochilo pra descansar, mesmo assim continuávamos cansados. Admito que houve um dia que não aguentei e desabei na cama. Aliás, todos. Ninguém aguentou. Mas em outro, saímos um pouco forçados, pois o cansaço era tanto que ultrapassava a vontade de conhecer. Praia cansa né galera!
Só senti não ter dado tempo de conhecer o restaurante Tábua da Carne que soube ser muito bom também. Dica de uma colega da pós-graduação que é de Natal. Sinto não tê-la conhecido pessoalmente também, pois só a conheço do ambiente virtual da Universidade Católica de Brasília.
Juro que fiquei procurando defeito na cidade e só encontrei um até agora, que me incomodou realmente. O aeroporto. Achei pequeno pela quantidade de turistas que recebe e pelo fato da alta estação de verão lá ser mais longa que a daqui.
Amei a viagem! E amei Natal! Amo minha terra também, mas passei a amar Natal, pela beleza das praias, pela calma e pacata cidade, pela higiene e por comidas deliciosas. Acho que só enjoaria do forró lambada que toca o tempo todo.
Sinceramente, a vontade era de ficar e não mais voltar. Pretendo ainda retornar. Indico: vale muitíssimo a pena conhecer, sem sombra de dúvida.
Realidade X Sonho
Me esquivo
adio
fujo
finjo
que não existe
mas ela insiste
em continuar ali
na minha frente
para que se faça presente.
A realidade.
Me iludo
afogo
permaneço
e não me desfaço
deste que está aqui
na minha mente
antes ausente.
O sonho.
adio
fujo
finjo
que não existe
mas ela insiste
em continuar ali
na minha frente
para que se faça presente.
A realidade.
Me iludo
afogo
permaneço
e não me desfaço
deste que está aqui
na minha mente
antes ausente.
O sonho.
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